(Quadro de Michelângelo Sobre o Pecado Original e a Expulsão do Paraíso)
Embora a maçã tenha se tornado um símbolo da queda do homem no pecado, a história da tentação, contada em Gênesis 3, não faz qualquer referência a uma maçã. Menciona simplesmente o "fruto da árvore que está no meio do jardim" (Gn 3.3), possivelmente uma figueira, já que Adão e Eva se cobriram com folhas de figueira depois de comerem o fruto (Gn 3.7).
Generalizou-se , provavelmente, a crença de que o fruto referido era uma maçã através da mitologia grega ou celta, nas quais esse fruto pertence às deusas do amor e simboliza o desejo. Quando, no século II, Áquila de Pontus traduziu do hebraico para o grego os Cânticos de Salomão, alterou os versos "Criei-te debaixo da macieira; ali a minha mãe te gerou" (Ct 8.5) para "Criei-te debaixo da macieira; ali tu foste corrompido" - interpretando, evidentemente, o verso como uma referência à árvore proibida de Gênesis 3. Tempos mais tarde, Jerônimo (347-419/420 d.C.), ao traduzir o Antigo Testamento para o latim (parte da Vulgata), seguiu-lhe o exemplo, e desde então tem persistido a idéia de que o fruto proibido era uma maçã.
(Adaptado de: Seleções do Reader's Digest - "O Grande Livro do Maravilhoso e do Fantástico", 1977, p.327).
Carlos Augusto Vailatti
Generalizou-se , provavelmente, a crença de que o fruto referido era uma maçã através da mitologia grega ou celta, nas quais esse fruto pertence às deusas do amor e simboliza o desejo. Quando, no século II, Áquila de Pontus traduziu do hebraico para o grego os Cânticos de Salomão, alterou os versos "Criei-te debaixo da macieira; ali a minha mãe te gerou" (Ct 8.5) para "Criei-te debaixo da macieira; ali tu foste corrompido" - interpretando, evidentemente, o verso como uma referência à árvore proibida de Gênesis 3. Tempos mais tarde, Jerônimo (347-419/420 d.C.), ao traduzir o Antigo Testamento para o latim (parte da Vulgata), seguiu-lhe o exemplo, e desde então tem persistido a idéia de que o fruto proibido era uma maçã.
(Adaptado de: Seleções do Reader's Digest - "O Grande Livro do Maravilhoso e do Fantástico", 1977, p.327).
Carlos Augusto Vailatti
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