por Carlos Augusto Vailatti
Quando
falo sobre o pecado, gosto de definí-lo a partir da sua raiz etimológica
latina. Sabe-se que o verbo português "pecar" é derivado do latim
"peccare", que, em seu uso primitivo, significava: "fazer passo
em falso, perder o pé, e, portanto, cair, falando-se dos cavalos e outras
montarias; depois, figuradamente, o verbo veio a fazer referência ao mau passo
moral, errar, cometer falhas". Essa
palavra tem ligação com a palavra latina "pecus", que significa:
"pé defeituoso, pé incapaz de percorrer o caminho". Em outras
palavras, "pecar" é "coxear, manquejar, capengar". Por
isso, a partir dessas informações linguísticas, gosto de definir
"pecado" como "o ato de dar mancadas com Deus". Dito de
outra maneira, quando pecamos estamos dando um "passo em falso" em
nossa relação com o Senhor.
Esses dados talvez nos ajudem a entender
algumas afirmações feitas pelo salmista em vários Salmos, tais como:
"Tirou-me de um lago horrível, de um
charco de lodo; pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos"
(Salmo 40:2);
"pois
tu livraste a minha alma da morte, como também os meus pés de tropeçarem, para
que eu ande diante de Deus na luz dos viventes" (Salmo 56:13);
"Bendizei,
povos, ao nosso Deus e fazei ouvir a voz do seu louvor; ao que sustenta com
vida a nossa alma e não consente que resvalem os nossos pés" (Salmo
66:8-9);
"Quanto a mim, os meus pés quase que se
desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos" (Salmo
73:2);
"Porque
tu, Senhor, livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas e os
meus pés da queda" (Salmo 116:8);
"Lâmpada
para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho" (Salmo 119:105).
Ora, Àquele que é Poderoso para guardar os
nossos passos e para nos impedir de "dar mancadas com Ele" sejam o
Louvor e a Glória para sempre!
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